quinta-feira, 5 de março de 2009

Trabalho Informal


Para enfrentar o desemprego muitos recorrem ao Trabalho Informal

Ipatinga - Os trabalhadores autônomos formam o grupo mais expressivo dos trabalhadores informais. Na região Metropolitana do Vale do Aço, as atividades informais que mais se destacam são camelôs. O trabalho informal acaba sendo a única forma de sobrevivência para muitos profissionais que não conseguem empregos com carteira assinada.

De acordo com Quésia Dias da Silva, de 22 anos, proprietária de uma pequena loja no Camelódromo de Ipatinga, o trabalho informal aconteceu em sua vida por opção. “Prefiro trabalhar como camelô por que eu faço meu horário de trabalho”. Ela ressalta que devido à crise que o país vive prefere o trabalho informal. “Estamos em crise, às pessoas reclamam muito por causa do desemprego”, analisa.

Já Cíntia Márcia de Oliveira, de 30 anos, entrou no mercado informal por sobrevivência. “O que me trouxe para o trabalho informal foi o desemprego e a falta de estudos”, frisa. Vendedora de água de coco, seu carrinho fica ao lado do camelódromo. “Conto com a ajuda do Programa Bolsa família que passa R$122,00 de benefícios por mês”, diz.

Ela informa que o que ganha não é suficiente para ajudar no orçamento familiar. “Em minha casa somos oitos pessoas, três crianças e cinco adultos”, explica. A vendedora sonha conseguir um trabalho com carteira assinada.

Estatísticas
Nascido numa época de improsperidade econômica e crises contemporâneas, o mercado informal de trabalho, vem sendo a saída para milhares de pessoas que estão desempregadas. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) os principais motivos que levam o trabalhador para o mercado informal é demissão e falência do empregador.

Numa pesquisa feita em 1999, constatou-se que no Brasil existem 15 milhões da população no ramo informal. O país sofreu verdadeiras alterações no mercado de trabalho pós-guerra e no nível de desemprego e desestabilização da economia, propiciando o surgimento do chamado mercado informal, que em regra é constituído pela força de trabalho dita excedente, em função da pequena oferta de empregos.

O trabalho informal tem uma natureza complexa, engloba diferentes categorias de trabalhadores de diversas idades, com inserções ocupacionais particulares. Pode indicar uma estratégia de sobrevivência ou uma opção de vida de alguns segmentos de trabalhadores que preferem desenvolver os seus próprios negócios.

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