segunda-feira, 30 de março de 2009

Economia

Crise mundial afeta catadores de materiais recicláveis

Ipatinga - Os catadores de materiais recicláveis de Ipatinga estão sentindo os impactos causados pela crise financeira mundial. Devido à diminuição do crédito e da renda, e com a queda no consumo, a produção de lixo também diminuiu e com isso o preço pago por alguns materiais recicláveis despencou.

De acordo com Maria das Graças de Oliveira, coordenadora da Associação dos Catadores de Material reciclável de Ipatinga (Amavale), o papelão era vendido a R$ 0,20 o quilo e agora com crise está sendo vendido por R$ 0,05. “Trabalhar na rua é difícil por que quando os catadores não enfrentam sol de mais, enfrentam chuva de mais”, diz.

A coordenadora da Ong informa que atualmente a instituição trabalha com 12 pessoas, mas são 25 pessoas que estão cadastradas na entidade. “Os outros que estão cadastrados estão fazendo outros tipos de serviço como construção civil e trabalho doméstico em casas de famílias, devido à crise por que o preço do material reciclável abaixou”, explica.

Maria das Graças ressalta que Amavale surgiu com o objetivo de estar ajudando as pessoas carentes. “São pessoas que estão doentes, não tem estudos, não tem trabalho formal, pessoas de mais idade que às vezes não querem ficar paradas. Apesar da vida difícil trabalhamos em harmonia, fazemos brincadeira pra passar o tempo”, destaca.

Geração de renda
O trabalho dos catadores consiste em recolher materiais que possam ser reciclados como papel, vidro, plástico e alumínio, ajudando a preservar o meio ambiente e gerando renda para as famílias carentes. Sobrevive com a ajuda da Prefeitura de Ipatinga e conta com doações de materiais recicláveis feitas por bancos e outras empresas da região.

Segundo a coordenadora da Ong, cada catador recebe em média R$ 400,00 por mês. “O material reciclável é vendido para cidades como Caratinga e Coronel Fabriciano. Quando o preço está valendo a pena eles vem buscar”, comenta.

Para Francisca Jane da Silva, de 54 anos, catadora de materiais recicláveis, o desemprego a levou a este trabalho. “Antes eu trabalhava como doméstica em casas de famílias e há oito anos trabalho como catadora”, diz. Ela informa que para sustentar a família ainda conta com a ajuda do programa Bolsa Família Municipal que repassa R$ 50,00 por mês.

domingo, 22 de março de 2009

Cidade do Menor

Cidade do Menor sobrevive com dificuldade

Coronel Fabriciano – Há mais de 30 anos a Cidade do Menor sobrevive com dificuldade para dar assistência a menores e famílias de baixa renda. A Organização não Governamental (ONG) oferece abrigo, creche, berçário e cursos profissionalizantes para menores, jovens e famílias carentes de Coronel Fabriciano e também de cidades localizadas na região do Vale do Aço.

De acordo com Theodoro J. Adams, coordenador da Cidade do Menor, entre alguns serviços prestados a comunidade de baixa renda, a entidade trabalha com Atendimento Social em forma de abrigo. “São 35 crianças com Pai e Mãe social. Eram crianças e menores abandonados e atualmente são crianças e adolescentes sem vinculo familiar, que viviam em perigo. Crianças de rua e que sofreram violência de vários tipos”, diz.

Ele informa que os menores chegam à entidade encaminhados pelo Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente e pela Justiça. O coordenador ressalta que a Ong sobrevive com muita dificuldade. “É difícil todo fim de mês pagar os salários dos 20 funcionários e custear a alimentação, roupa, transporte. Felizmente temos bons parceiros que nos ajudam”, avalia. Segundo ele, cada interno custa em media um salário mínimo por mês.

A Cidade do Menor trabalha com cursos profissionalizantes para atender os internos e com creche e berçário para atender a comunidade carente da região do Vale do Aço. “A partir de 16 anos encaminhamos esses jovens para o emprego. Eles saem daqui com o segundo grau concluído e com trabalho. Assim eles alugam casas e pagam o próprio sustento”, destaca.

“Apesar da região ser bem desenvolvida, e conhecendo as regiões pobres por aqui, vemos muita necessidade. Vemos mães adolescentes que não receberam instrução, nem condições. É um inicio errado de vida. Dificilmente conseguem quebrar esse ciclo vicioso de pobreza”, argumenta. Na visão do coordenador, atualmente a sociedade enfrenta problemas como os usuários de drogas e com a violência "A maior vítima é a criança", analisa.

Amparo ao Menor
Fundada em 06 de dezembro de 1976, pelo Bispo Dom Leris Lara, Emérito da Diocese Itabira – Coronel Fabriciano, juntamente com um grupo de pessoas da comunidade do Vale do Aço. Na época, foi comprado o sítio onde hoje é desenvolvido o trabalho de Assistência Social. Trata-se de uma pequena propriedade agrícola afastada do centro da cidade, que tem o objetivo de amparar o menor abandonado.

Os internos vivem em Casas Lares, que são residências administradas por um casal chamado Pais Sociais, que buscam passar para os menores um ambiente familiar. A Cidade do Menor conta com três casas lares para abrigar até 30 crianças e jovens de até 18 anos de idade. Também oferece creche com capacidade para receber até 40 crianças que ficam das 7h ás 17 horas enquanto os pais trabalham.

Para Leila Laila de Freitas, de 34 anos, ex-interna e atualmente cozinheira da Cidade do Menor, a instituição foi uma grande escola. “Eu cheguei através de um irmão que já morava aqui. Estava com quatro anos na época. Durante os anos que passei por aqui fui bem tratada”, avalia. Ela informa que na época em que vivia na instituição chegou a ser adota por uma família. “Eu fui adotada e não gostei da casa e depois voltei para a Cidade do Menor. Aí com 18 anos casei e fui trabalhar como doméstica em casas de famílias. Hoje voltei pra ser funcionaria”, diz.

A Cidade do Menor oferece cursos profissionalizantes de Artesanato, Pintura em Tecido, Trabalhos Manuais, Arte Culinária, Corte e Costura, Lingerie, Manicure e Pedicure, Cabeleireiro, Eletricidade Básica, Tornearia Mecânica, Marcenaria, Ladrilho, Datilografia, Inglês e Informática. Sobrevive através de parcerias com a Congregação dos Fráteres (Assedins), Centro Universitário do Leste de Minas Gerais, Prefeitura de Coronel Fabriciano, Diocese de Itabira e Coronel Fabriciano, Fundação Acesita e Unimed Vale do Aço.

Para ajudar, a instituição fica localizada na Rua Melvim Jones, 352, Caladinho do Meio, em Coronel Fabriciano. O telefone é 0xx31 38427188. A Ong recebe ajuda material e trabalho voluntário.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Prevenção às drogas

Aumenta casos de crianças envolvidas com drogas

Ipatinga – A coordenadora da Associação Missão Resgate (AMR), que trabalha na prevenção e tratamento de crianças e adolescentes envolvidos com tóxicos informa que crianças cada vez mais novas estão se envolvendo com as drogas. Ela aconselha aos pais e familiares a ficarem mais atentos ao comportamento de seus filhos para prevenirem que tenham problemas com drogas.

Segundo Ana Claudia Silva, coordenadora do Setor de Triagem, o primeiro contato que a criança tem com as drogas é por curiosidade. “Já tivemos casos de crianças de dez anos envolvidas com drogas. Eles começam a usar por curiosidade e acabam se tornando viciados”, diz. Ela aconselha as famílias que passam por este problema a procurarem ajuda. “O comportamento muda, se tornam agressivos, ou ás vezes ficam calados de mais e os pais devem ficar atentos, pois geralmente são os últimos a saberem”, informa.

A coordenadora ressalta que a maioria das famílias atendidas pela entidade são de baixa renda e não tem condições de manter o filho numa Clínica Particular. “Crianças e adolescentes fora do município de Ipatinga contribuem com um salário mínimo por mês, durante o tempo em que estão internados. Os de Ipatinga não são obrigados a arcar com essa despesa devido ao convênio com a Prefeitura Municipal”, destaca.

Ela salienta que o trabalho é realizado através de um Programa Terapêutico que inclui oficinas de Artesanato, Informática, Educação Física, Musica, Reforço Escolar e Acompanhamento Psicológico. “Cada um compartilha seu problema, sua necessidade, sua vida. Damos palestras, levamos os adolescentes até as escolas para eles contarem como se envolveram com as drogas. É como se fosse uma aula de prevenção”, explica.

Assistência Social
Fundada em 09 de outubro de 1988, a Associação Missão Resgate é uma Entidade Beneficente de Assistência Social. Trabalha na prevenção, resgate e recuperação de crianças e adolescentes que se encontram em situação de risco social e pessoal relativos às drogas, garantindo acesso aos direitos de cidadão, através de atividades sócio educativas.

Atualmente a Unidade de Recuperação atende á 20 adolescentes e suas famílias. “Em 2008 foram 83 adolescentes. Eles ficam cerca de nove meses a um ano internado”, diz. De acordo com Ana Claudia, a entidade trabalha com crianças entre dez e 17 anos de idade.

Para ela, a Lei não é cumprida. “Procuramos priorizar os direitos da criança e do adolescente e com certeza não conseguimos garantir tudo. A maioria dos adolescentes que recebemos têm envolvimento em crimes por que passam a roubar para sustentar o vício. Aqui em Ipatinga não temos um Centro para receber esses adolescentes e eles acabam vindo para a Missão Resgate”, informa.

“Temos um projeto de construir um muro para trazer mais seguranças para os adolescentes”, informa. A Coordenadora salienta que a associação também têm um projeto de instalar uma academia na Unidade de Recuperação. “Na fase de abstinência eles engordam muito e ganham muito peso, por que sem as drogas eles descontam na alimentação”, avalia.

A Associação Missão Resgate se mantém através de recursos financeiros repassados por convênios feitos com a Prefeitura de Ipatinga, por contribuição voluntária dos associados, doações de instituições religiosas, campanhas junto à comunidade e doações de pessoas sensibilizadas com a causa.

Para ajudar, o Escritório Central da Associação Missão Resgate fica localizado na Rua Miguel Ângelo, 142, Cidade Nobre em Ipatinga. O Telefone é 0xx 31 3822 6464.

sábado, 14 de março de 2009

Esportes


Segurança nos Estádios de Futebol

O futebol é o esporte preferido pela maioria dos brasileiros. Com o aumento da violência das torcidas, muitas pessoas deixam de assistir aos jogos nos estádios. Mesmo crescendo o número de pessoas que vão com intenção de tumultuar e cometer crimes, muitos ainda preferem assistir o time do coração jogar nos estádios.

Devido ao grande índice de violência nos estádios de futebol, o Governo Federal anunciou novas medidas para garantir mais segura aos torcedores. Segundo a medida, a partir de junho, os torcedores terão que fazer um cadastro para comprar ingressos de partidas de futebol e ter acesso aos estádios nos dias de jogos.

Com a nova medida, o cadastramento vai ajudar na identificação de torcedores que provoquem tumultos e vai proteger quem vai ao jogo se divertir. A expectativa é de cadastrar os torcedores entre junho e dezembro. A partir do Campeonato Brasileiro de 2010, o cartão de identificação será necessário para a compra de ingressos e acesso aos estádios.

O Projeto de Lei que altera o Estatuto do Torcedor também criminaliza práticas como promover tumultos e entrar nos estádios com objetos que possam ser usados para incentivar ou praticar violência, manipulação de resultados e a venda de ingressos acima do preço por cambistas.

Essas medidas têm o objetivo de seguir os padrões exigidos pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) para a realização da Copa do Mundo, que o Brasil sediará em 2014.

A criminalização, a punição dos torcedores que vão aos estádios tumultuar não é o bastante para diminuir a violência. A violência só acabará quando essas pessoas que vão com a intenção de bagunçar passarem a respeitar ao próximo. Ir ao estádio para assistir a partida de seu time do coração deixando que a rivalidade só exista entre os times e que nunca passe do gramado.

terça-feira, 10 de março de 2009

Saúde da Mulher

Se Toque desenvolve Palestras Preventivas

Ipatinga - No mês das Mulheres, o Grupo Se Toque desenvolve uma série de palestras e atividades para prevenção de câncer de mama. O Se Toque trabalha com informação, conscientização e conforto para pacientes de câncer, familiares e a sociedade em geral.

De acordo com a presidente do Grupo Se Toque, Josefina de Fátima Barrosa, o grupo surgiu da experiência de mulheres que viveram o câncer de mama. “Trabalhamos com alto ajuda, necessidade de esclarecimento e conscientização para se ter o diagnostico precoce e obter a cura, como é o nosso exemplo”, diz.

Ela informa que o Grupo Se Toque foi fundado em 12 de Setembro de 2002. “O objetivo foi à troca de experiências a partir da vivência de cada uma delas. Pessoas que, através do auto-exame, identificaram nódulos diagnosticados como malignos, mas graças à identificação precoce, possibilitou a cura da doença”, explica.

Segundo a presidente do Se Toque, o grupo sentiu a necessidade de obter uma casa onde hospedassem as pessoas que vinham diariamente fazer o tratamento em Ipatinga, “Nós vimos às necessidades destas pessoas que ficavam todos os dias tendo que voltar para seus municípios, um transtorno”, informa.

Casa de Apoio
A Casa proporciona abrigo, alimentação, medicação e conforto aos pacientes carentes não domiciliados em Ipatinga e cidades vizinhas em tratamento no Centro de Oncologia e Radioisótopos (COR). E também oferece estadia e alimentação aos acompanhantes dos pacientes em tratamento.

“As pacientes eram debilitadas pela doença e tratamento agressivo. Muitas desistiam do tratamento, por causa do ir e vir que era muito pesado. Lutamos até conseguirmos a casa que alugamos”, acrescenta a presidente.

Josefina alerta que não existe faixa etária de idade para se diagnosticar o câncer de mama. “Existem adolescentes que têm o câncer de mama. O fator familiar muito forte, o estresse, a personalidade da pessoa, a alimentação, a qualidade de vida, a falta de prática de esportes isso tudo influencia na saúde”, destaca.

Para a presidente "conhecer o próprio corpo, não ter medo, se perceber um nódulo, se tocar, se perceber alguma coisa diferente deve procurar um médico, o Sistema Único de Saúde, e não negar a doença. Enfrentá-la com coragem por que a prova viva da cura somos nós”, conclui.

PROGRAMAÇÃO:
- Campanha de Prevenção de Diagnósticos Precoce do Câncer da Mama no COR, 10/03 a partir das 9 horas.
-Confraternização com aniversariantes do mês (membros e voluntários) 31/03
- Distribuição de Informativos do Grupo Se Toque 31/03

segunda-feira, 9 de março de 2009

Comportamento de Risco

Cresce o número de casos de Aids no Vale do Aço

Ipatinga – A coordenadora do Grupo de Apoio aos Soropositivos (Gasp) alerta as pessoas que têm comportamento de risco a se prevenirem contra o vírus da Aids, devido ao crescimento de casos de pessoas infectadas pelo vírus HIV, na região do Vale do Aço. Ela informa que este número aumentou por que as pessoas estão praticando sexo sem proteção.

Segundo Irenir Martins, coordenadora de assistência social e uma das fundadoras do Gasp, pessoas mais velhas estão se contaminando. “Às vezes o casal se separa, aí o homem conhece outra pessoa e mantém relação sexual sem preservativo e depois volta para a esposa, após um tempo elas chegam aqui dizendo que estavam separadas e o marido conheceu outra pessoa e não se preveniu e acabou se contaminando com o vírus”, alerta.

Mesmo com campanhas de combate a Aids, divulgadas pela mídia e por vários grupos de apoio aos soropositivos, o número de casos aumentou no Vale do Aço. De acordo com a Gerência Regional de Saúde (GRS), foram diagnosticados 512 casos no Vale do Aço até o ano de 2007. Estima-se que mais de três mil pessoas estejam contaminadas pelo vírus e não sabem.

O Gasp é uma Organização não Governamental (ONG), que atende aos soropositivos do Vale do Aço. É um grupo dedicado ao convívio com a existência do vírus HIV. Desenvolve ações de assistência as pessoas soropositivas e seus próximos, visando o combate aos preconceitos, a inclusão social e a busca por melhor qualidade de vida. Realizam também um trabalho de educação continuada em escolas, empresas, organizações sociais e grupos específicos, no sentido de prevenir a infecção pelo vírus HIV.

Primeiro Caso
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o primeiro caso de Aids no mundo foi em 1959, na África. Foi neste ano, que após a morte de um homem em Congo, detectou-se a presença do vírus HIV no organismo. Este exame foi realizado devido à deflagração da epidemia no país. Nos anos 80, um fato historicamente novo se apresentou no mundo: a epidemia da Aids, e no final desta década, os primeiros casos foram diagnosticados no Vale do Aço.

Como nesta década os medicamentos não tinham tanta eficácia como os que são usados em pacientes soropositivos, algumas destas pessoas infectadas pelo vírus, se uniram pelo desejo de continuarem vivendo, e criaram o Gasp. A entidade sobrevive através de um convênio com a Prefeitura Municipal de Ipatinga e trabalha com voluntários.

A coordenadora ressaltou que a idéia nasceu através da dificuldade encontrada pelas pessoas que descobriram que eram portadoras do vírus HIV. “No começo tínhamos poucas informações sobre o vírus, então resolvemos juntar com pessoas que também tinham o vírus e começamos a fazer reuniões na Policlínica de Ipatinga, pois até então não tínhamos a sede, e nasceu à idéia de estarmos alugando um espaço para fundarmos o Gasp”, diz.

Para Rubem Leite, voluntário da organização, o projeto Prevenção Positiva capacita os adolescentes a serem transmissores de informações. “A gente usa principalmente a linguagem artística dentre elas ressaltando o teatro, que trabalha o preconceito, a descriminação, a violência doméstica, as DSTs e a Aids, passando informações para a platéia”, argumenta.

Ele explica que o trabalho de prevenção ao vírus não se trata de incentivo a praticar sexo. “E bom ressaltar que não incentivados os jovens a fazerem sexo, principalmente os adolescentes, os próprios hormônios já incentivam a fazer sexo, se vão fazer, que façam com segurança. Nós alertamos as pessoas a usarem preservativos”, conclui.

Para ajudar, o Gasp está localizado na Av. Selin José de Salles, 1264, Canaã em Ipatinga. O telefone é 0xx31 38223834.

sábado, 7 de março de 2009

Saúde e Bem Estar


Personal Training alerta sobre os males causados pelo uso de anabolizantes

Ipatinga – A professora de musculação e personal training, Cristiane Carvalho Silva alerta sobre os males causados a saúde pelo uso de anabolizantes e dos riscos de treinar sem um profissional capacitado. Ela também dá algumas dicas para quem pensa em se matricular numa academia de musculação.

Segundo Cristiane Carvalho Silva, Formada em Educação Física e Especializada em Personal Training “além de fazer mal a saúde, usuários de anabolizantes sofrem reações como insônia e falta de apetite”, diz. “Sou totalmente contra o uso de anabolizantes. A pessoa acha que tomando ficará forte, mas na verdade acelera o metabolismo e se a pessoa não tiver uma malhação rígida não conseguirá o resultado desejado”, avalia.

Para ela é importante que as pessoas que pretendem matricular numa academia busquem profissionais capacitados. “O professor especializado faz com que o aluno treine de uma forma mais segura, proporcionando menos riscos a lesões e orientando a freqüência cardíaca pra estar controlando os limites do corpo”, informa.

Cristiane Carvalho disse que na fase da adolescência existe uma procura muito grande nas academias. “Os adolescentes de hoje se preocupam com a forma física então tenho uma preocupação grande em estar lidando com esses adolescentes, por que grandes ganhos de massa muscular será após a fase da puberdade que vai estar mais desenvolvido”, frisa.

De acordo com a personal training, quem pratica atividades físicas sem um profissional especializado corre risco de lesões e de desenvolver o corpo de forma erronia. “Praticar atividade física sem um profissional é estar se responsabilizado por um lado que desconhece. O profissional de Educação Física estuda quatro, cinco ou até mais anos para está lidando com qualquer tipo de problema que pode acontecer”, explica.

Resultados
A personal alerta as pessoas que forem usar suplementos a procurarem orientação com nutricionistas. “Têm pessoas que não tem uma genética propiciada para ganhos de massa muscular”, avalia. Ela ressalta que para obter resultados é importante à alimentação e também o descanso das atividades físicas.

Cristiane informa que a maioria das pessoas que entram nas academias são impacientes e querem resultados rápidos. “Nem todas as pessoas têm o beneficio de ter o resultado imediato. Se a pessoa quer um resultado mais rápido ao invés de malhar três vezes, malha cinco vezes, deve fazer um trabalho mais intenso mas que não canse tanto”, aconselha.

Para as pessoas que estão pensando em começar a praticar atividade física, ela aconselha que procure uma academia séria com profissionais capacitados, que cobram um histórico médico. “É importante fazer avaliação física para saber como a pessoa está antes do treinamento e saber como vai ser avaliado após o treinamento da musculação”, finaliza.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Crianças e Adolescentes

Cresce o número de crianças e adolescentes envolvidos na criminalidade

Ipatinga – O presidente do Conselho Tutelar dos Direitos da Criança e do Adolescente, da Regional Um de Ipatinga, Daniel Cristiano, alerta á sociedade á participar mais nas decisões e diretrizes e cobrar das autoridades locais medidas eficazes, visando combater o aumento do número da criminalidade e abuso sofrido por crianças e adolescentes.

Segundo Daniel Cristiano, a Política da Criança e do Adolescente é pobre. Está aquém das necessidades que o Estatuto e Constituição Federal garantem ao adolescente. “É uma realidade que eu vivo e apresenta características ao nível nacional em termos de violência contra a criança e o adolescente”, avalia. Ele ressalta que a situação do adolescente em Ipatinga está um caos por que o Conselho depara com um numero assustador.

Dados levantados pelo Conselho Tutelar de Ipatinga entre os anos de 2006 e 2008 apontaram crescimento em torno de 40% do numero de infrações. Noventa e nove por cento estão relacionados com o tráfico de drogas. Mais de 90% estão infrequentes na escola. “Ou a gente em quanto sociedade ataca esse problema para criar Políticas Publicas eficazes que realmente vão impedir ou vamos ficar com o discurso de colocar esses meninos na cadeia pensando que vai resolver o problema, ou acabamos perdendo essa guerra”, alerta.

Para o presidente do Conselho, a política é tratada com amadorismo, muito amor e pouca formação técnica. “Temos que juntar o amor pela causa da criança e do adolescente e também a capacitação técnica aja vista é um trabalho que existe muito dos conselheiros”, destaca.

“No dia em que o Gestor Público de qualquer município, principalmente o de Ipatinga olhar o Conselho Tutelar com olhos de referencial para embasar Políticas Publicas, as crianças e os adolescentes terão um trabalho de primeira no município para evitar o tipo de negligência que temos na sociedade”, afirma. De acordo com a Lei Federal 8069/ 90, a criança e o adolescente é dever da família, da sociedade e do Estado.

Daniel Cristiano disse que a sociedade deve participar mais. “A sociedade é omissa, pouco participa das decisões. Não vai às Conferencias, não participa na Câmera pra aprovar o Orçamento Público que será voltado para a criança e a sociedade cobra, mas não participa”, avalia.

Maioridade Penal
De acordo com o presidente do Conselho, a redução da maioridade penal não resolve o problema da criminalidade entre os adolescentes. “O problema é que estão aliciando as crianças cada vez mais cedo pro tráfico de drogas. A gente vira as costas para o problema e quando o problema bate em nossas portas queremos uma resposta mais rápida”, diz. Para ele, a sociedade deveria participar mais das decisões do município ao contrário de tomar medidas impensadas que podem sacrificar direitos conquistados ao longo dos anos.

Em sua visão, um menor que comete um ato infraçional grave costuma ficar mais tempo na cadeia do que um adulto criminoso. “O Estatuto da Criança e do Adolescente prevê medidas sócio-educativas pros adolescentes autores de atos infracionais, que é a internação. Na verdade é uma prisão por que em nosso município não temos uma internação”, completa. Segundo Daniel, o Estado conta com Centros de Internação precários.

Como exemplo ele cita o Centro de Remanejamento de Presos (CERESP), que foi construído para abrigar 120 homens e 20 mulheres. Ele informa que o número total está em torno de 540 pessoas que estão aguardando algum tipo de sentença.

Para Daniel Cristiano baixar a menor idade não é a solução. “Hoje o menino que está sendo aliciado a entrar no tráfico de drogas é cada vez mais cedo. Temos caso no conselho de meninos de até oito anos aliciados ao tráfico de drogas. A comunidade querendo uma resposta rápida de repente esta vendo a redução como uma solução para o problema e na verdade não é. A solução para o problema é mais investimento na área social”, analisa.

Ele ainda disse que para abaixar esse índice é preciso desenvolver as pessoas para que tenham condição de decidirem se querem ou não entrar para o mundo do crime. “Se a pessoa tiver a condição de discernir o que é bom e o que é ruim, tenho certeza que irá pensar várias vezes antes de entrar e se entrar vai entrar sabendo dos males que fará para vida dela”, conclui.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Trabalho Informal


Para enfrentar o desemprego muitos recorrem ao Trabalho Informal

Ipatinga - Os trabalhadores autônomos formam o grupo mais expressivo dos trabalhadores informais. Na região Metropolitana do Vale do Aço, as atividades informais que mais se destacam são camelôs. O trabalho informal acaba sendo a única forma de sobrevivência para muitos profissionais que não conseguem empregos com carteira assinada.

De acordo com Quésia Dias da Silva, de 22 anos, proprietária de uma pequena loja no Camelódromo de Ipatinga, o trabalho informal aconteceu em sua vida por opção. “Prefiro trabalhar como camelô por que eu faço meu horário de trabalho”. Ela ressalta que devido à crise que o país vive prefere o trabalho informal. “Estamos em crise, às pessoas reclamam muito por causa do desemprego”, analisa.

Já Cíntia Márcia de Oliveira, de 30 anos, entrou no mercado informal por sobrevivência. “O que me trouxe para o trabalho informal foi o desemprego e a falta de estudos”, frisa. Vendedora de água de coco, seu carrinho fica ao lado do camelódromo. “Conto com a ajuda do Programa Bolsa família que passa R$122,00 de benefícios por mês”, diz.

Ela informa que o que ganha não é suficiente para ajudar no orçamento familiar. “Em minha casa somos oitos pessoas, três crianças e cinco adultos”, explica. A vendedora sonha conseguir um trabalho com carteira assinada.

Estatísticas
Nascido numa época de improsperidade econômica e crises contemporâneas, o mercado informal de trabalho, vem sendo a saída para milhares de pessoas que estão desempregadas. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) os principais motivos que levam o trabalhador para o mercado informal é demissão e falência do empregador.

Numa pesquisa feita em 1999, constatou-se que no Brasil existem 15 milhões da população no ramo informal. O país sofreu verdadeiras alterações no mercado de trabalho pós-guerra e no nível de desemprego e desestabilização da economia, propiciando o surgimento do chamado mercado informal, que em regra é constituído pela força de trabalho dita excedente, em função da pequena oferta de empregos.

O trabalho informal tem uma natureza complexa, engloba diferentes categorias de trabalhadores de diversas idades, com inserções ocupacionais particulares. Pode indicar uma estratégia de sobrevivência ou uma opção de vida de alguns segmentos de trabalhadores que preferem desenvolver os seus próprios negócios.

Terceira Idade

Presidente de asilo reclama de abandono dos filhos

Ipatinga – O presidente do Lar dos Velhos Paulo de Tarso, Valdemar Hermenegildo reclamou do abandono e descaso das famílias dos internos da instituição que há quatro décadas trabalha acolhendo pessoas da terceira idade. Muitos procuram estas instituições por não terem família, mas outros são internados por seus familiares.

De acordo com presidente da instituição, o Governo do Estado começou a ajudar os asilos há pouco tempo, após a criação do Estatuto do Idoso. “Muita gente desconhece a importância deste Estatuto”, destaca. “O que nos deixa chateado são os filhos que colocam o idoso aqui e somem. Isso é comum nos asilos. Abrimos as portas pros idosos, por que na casa deles estão sendo maltratados pela nora ou pelo próprio filho”, informa.

Segundo ele, o novo Estatuto do Idoso estabelece que pra morar num abrigo, é preciso ter idade acima de 60 anos. “Mas não olhamos muito isso, olhamos mais as necessidades. Têm pessoas que não tem essa idade e condições financeiras, nem família e acolhemos”, explica.

O Lar dos Velhos Paulo de Tarso têm 49 internos, sendo 13 homens e 36 mulheres. Setenta por cento dos internos não tem famílias. Gerador de 19 empregos, a instituição sobrevive com os benefícios dos internos e ajuda da comunidade. Cada interno custa em média R$ 550 reais.

Abandono
A interna Odília Teotônia da Silva, de 77 anos, mãe de um filho e avó de quatro netos, reclama do abandono da família. Internada na instituição desde 28 de outubro de 2000, ela diz que procurou o abrigo por não ter onde morar. “Meu filho não tem muito juízo, mas às vezes os netos aparecem pra visitar”, diz. Ela diz já ter se acostumado com o asilo, internada há oito anos ela diz ser muito bem tratada “Pra mim é como se fosse minha família”, informa.

Já o aposentado Noé Silvestre da Silva, de 81 anos, procurou o asilo por que não teve onde morar com a chegada da idade. “Não me casei. Toda menina que eu pensava casar não dava certo. Aí o tempo foi passando, a idade foi aumentando e eu não casei”, argumenta. Segundo ele, viver no asilo é bom “Gosto muito daqui, meus irmãos vem me visitar. Sou muito satisfeito com a vida, viver é muito bom", avalia.

Para ajudar a instituição basta ir á rua Lourenço da Veiga, 96, Bom Retiro Leste, em Ipatinga e fazer sua doação.